![]() |
Atividades Musicais em Instituição de Longa Permanência para Idosos |
As instituições que abrigam idosos está em acelerado crescimento. Com o envelhecimento populacional ocorrendo em um contexto de grandes mudanças sociais, culturais, econômicas e institucionais, espera-se para o futuro próximo um crescimento a taxas elevadas da população de 80 anos e mais.
No entanto, a certeza do crescimento da população idosa está acompanhada pela incerteza das boas condições de cuidados que estes receberão.
Embora a legislação brasileira estabeleça que o cuidado dos membros dependentes deva ser responsabilidade das famílias, este se torna cada vez mais difícil, por diversos fatores como:
- redução da fecundidade,
- mudanças na nupcialidade e
- crescente participação da mulher - tradicional cuidadora - no mercado de trabalho.
Isto passa a requerer que o Estado e as instituições privadas dividam com a família as responsabilidades no cuidado com a população idosa. Diante desse contexto, uma das alternativas de cuidados não-familiares existentes corresponde às instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), sejam públicas ou privadas.
No Brasil, não há consenso sobre o que seja uma ILPI. Sua origem está ligada aos asilos, inicialmente dirigidos à população carente que necessitava de abrigo, frutos da caridade cristã diante da ausência de políticas públicas.
Para a Anvisa, ILPIs são instituições governamentais ou não-governamentais, de caráter residencial, destinadas a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania.
Casa de Repouso ou Instituição de Saúde?
O envelhecimento da população e o aumento da sobrevivência de pessoas com redução da capacidade física, cognitiva e mental estão requerendo que os asilos deixem de fazer parte apenas da rede de assistência social e integrem a rede de assistência à saúde, ou seja, ofereçam algo mais que um abrigo.
Mas o que é uma ILPI?
Para a Anvisa, ILPIs são instituições governamentais ou não-governamentais, de caráter residencial, destinadas a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania.
Casa de Repouso ou Instituição de Saúde?
Porém, as ILPIs não são estabelecimentos voltados à clinica ou à terapêutica, apesar de os residentes receberem - além de moradia, alimentação e vestuário - serviços médicos e medicamentos.
Os serviços médicos e de fisioterapia são os mais frequentes nas instituições brasileiras, encontrados em 66,1% e 56,0% delas, respectivamente. No entanto, 34,9% dos residentes são independentes.
Por outro lado, a oferta de atividades que geram renda, de lazer e/ou cursos diversos é menos frequente, declarada por menos de 50% das instituições pesquisadas. O papel dessas atividades é o de promover algum grau de integração entre os residentes e ajudá-los a exercer um papel social.
Assim, para que o idoso que se encontra numa situação de institucionalização, seja ele dependente ou não, possa desfrutar de uma vida com qualidade, entendemos que é necessário que as instituições ofereçam atividades que envolvam o sujeito de forma global, ou seja, ir além do atendimento das suas necessidades básicas (alimentação, vestuário, higiene) mas também contemplar atividades sociais e de lazer.
São diversas as atividades que podem ser desenvolvidas com a população idosa, tais como Artesanato, Arteterapia, Pintura, Dança, Música e tantas mais.
A Musicoterapia é uma modalidade terapêutica bastante aceita e que envolve todos os idosos, dependentes (acamados, demenciados..) e ativos.
A música tem a capacidade de fazer com que o idoso entre em contato consigo mesmo, resgatando e revivendo experiências do passado, expressando sentimentos, refletindo e se concentrando numa atividade (CAYRES, 2006).
A Musicoterapia é uma modalidade terapêutica bastante aceita e que envolve todos os idosos, dependentes (acamados, demenciados..) e ativos.
A música tem a capacidade de fazer com que o idoso entre em contato consigo mesmo, resgatando e revivendo experiências do passado, expressando sentimentos, refletindo e se concentrando numa atividade (CAYRES, 2006).
Além disso, o fazer musical implica na realização de várias tarefas: tocar um instrumento, cantar, memorizar peças e letras musicais, improvisar. Tais produções combinam rápidas respostas motoras e cognitivas (PERETZ e ZATORRE, 2005), tornando a musicoterapia uma poderosa ferramenta na reabilitação física e cognitiva, ao mesmo tempo que oferece ao idoso uma atividade prazerosa e facilitadora das relações sociais.
Para saber mais sobre a musicoterapia com idosos acesse AQUI os outros artigos disponíveis no Blog.
Referências Bibliográficas
CAYRES, K. Quem Canta, Seus Males Espanta. Disponível em: http://www.amtrj.com.br/arquivos/jornalUFRJ.pdf.
PERETZ I., ZATORRE R. Brain Organization for music processing. Montreal: Annu Review Psychology, vol. 56, 2005.