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O Musicoterapeuta deve:
75 (66%) |
41 (36%) |
11 (9%) |
21 (18%) |
39 (34%) |
Na postagem de hoje (e nas próximas) pretendo abordar tais questões fundamentando-se em autores da musicoterapia e também na minha experiência e opinião pessoal.
Longe de estabelecer "verdades", quero aqui abrir espaço para diferentes ponto de vista, pensando assim, colaborar na consolidação da Musicoterapia como uma profissão séria.
Conhecimentos Musicais
Começarei abordando as questões referentes ao conhecimento musical do musicoterapeuta.
Segundo Lia Rejane Mendes Barcelos, sendo a música o objeto de trabalho do musicoterapeuta, a autora coloca a importância primordial do domínio musical:
Para a britânica Juliette Alvin, pioneira da musicoterapia mundial
"[...] el musicoterapeuta há de ser ante todo um músico diestro y experimentado [...] pero capaces de aplicar la psicologia de la música em su trabajo. Profesionalmente há de ser buen ejecutante e improvisador, conocedor de todos los tipos e música, capaz de emprender muchas tareas, tais como dirigir conjuntos vocales o instrumentales o enseñar a cantar o tocar instrumentos. También debe poseer um conocimiento básico fisiológico y psicológico, indispensable para que comprenda la contribución que su música puede hacer al trabajo e sus colegas y em el equipo terapêutico, y para llevarla a cabo. (ALVIN, 1984, p. 205)".
Porém, embora o musicoterapeuta deva possuir bons conhecimentos médicos, psicológicos e musicais, não implica necessariamente ser um médico, um psicólogo e nem músico.
As competências de um musicoterapeuta supõem saberem complexos e diversos, que envolvem vários campos do conhecimento, sendo o saber musical a premissa das competências esperadas.
Segundo o meu ponto de vista, baseado na literatura e também na minha experiência clínica, para as questões levantadas na enquete eu diria:
O musicoterapeuta deve ter sim um excelente conhecimento musical e dominar pelo menos um instrumento harmônico, pois somente um profissional bem qualificado musicalmente é capaz de oferecer respostas adequadas ao paciente.
"O musicoterapeuta é o elemento que intervém na “sonosfera” em que vive e dela faz parte para modificá-la. E para isto, ele usa a música como seu principal instrumento de trabalho, visando não apenas o seu uso puro e simples, mas principalmente para fazer acontecer “experiências musicais”.Sua formação deve ser sólida; deve ter abertura para conhecer os mais diversos pontos de vista, os mais diferentes coloridos musicais" ( TORRES , 2008).
Por outro lado, um músico apenas não será capaz de lidar com as experiências musicais do paciente, e embora possua o domínio musical, não é capacitado para aplicar a música de forma terapêutica - "Não é possível acontecer um processo musicoterapeutico sem a presença de um profissional habilitado, que encaminhe e conduza o paciente para uma relação fecunda com a música ( TORRES, 2008)".
Em outras postagens continuaremos o assunto, continue acompanhando.
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Referências:
ALVIN, Juliette. Musicoterapia. Barcelona: Ediciones Paidos, Primeira reedição em Espanã, 1984.
BARCELLOS, Lia Rejane. Cadernos de Musicoterapia 4. Rio de Janeiro: Enelivros, 1999.
* Tela "Músicos", de Antônio Medeiros, 1955.