A realização de atividades é um meio privilegiado de o idoso obter bem-estar psicológico e físico.
O termo atividade pode incluir tanto atividades físicas como mentais, sejam estas individuais ou grupais. A atividade, quando praticada regularmente, oferece ao idoso significado e satisfação à existência, quer pelo compromisso e responsabilidade social, quer pela oportunidade de manter convívio social.
Atividades Musicais
As atividades musicais implicam na realização de várias tarefas: tocar um instrumento, cantar, memorizar peças e letras musicais, improvisar. Porém, é necessário ficar atento e conhecer as possíveis limitações dos idosos. Pode ser necessário adaptar as atividades para que mesmo indivíduos com dificuldades motoras possam realizar a proposta. Idosos acamados também podem se beneficiar da musicoterapia e atividades musicais, através de audições e atividades guiadas por um musicoterapeuta.
Abaixo, algumas sugestões de atividades que podem ser realizadas com grupos de idosos ou mesmo em atendimentos individuais:
Abaixo, algumas sugestões de atividades que podem ser realizadas com grupos de idosos ou mesmo em atendimentos individuais:
Atividade 1 - Relaxamento e respiração:
Os exercícios respiratórios facilitam a eliminação de secreções e melhoram a ventilação
pulmonar, prevenindo complicações pulmonares e preparando o idoso para as atividades cantadas.
Respiração abdominal - puxar o ar pelo nariz lentamente e
soltar pela boca, levando o ar para "barriga".
Respiração profunda - puxar o ar o máximo que conseguir e
soltar pela boca devagar.
Respiração em 2 tempos - puxa um pouco de ar, segura, puxa
tudo e solta devagar pela boca.
Um musicoterapeuta pode escolher uma música para colocar de fundo enquanto a atividade é realizada. A escolha da música deve ser cuidadosa pois pode provocar sentimentos de melancolia, tristeza e despertar lembranças. A não ser que este seja o objetivo do terapeuta, este é um momento de relaxamento que precede as atividades.
Atividade 2 - Desenvolvimento Físico/Motor
Escolher uma música com um ritmo bem marcante. Com os idosos sentados em círculo, propor movimentos que sigam o ritmo da música. Os movimentos devem ser suaves e não muito rápidos para não provocar lesões, porém, combinados e sincronizados. Esta atividade baseia-se na Dança Sênior. Criada em 1974, a dança sênior busca inspiração nas danças folclóricas e de salão de todas as partes do mundo.
No vídeo abaixo, vemos uma atividade com dança sênior ao som de Cidade Maravilhosa:
Atividade 3 - Jogral de Canções
Escolha uma canção curta e bem conhecida pelo grupo. Divida a música em frases e escreva cada frase em um pedaço de papel/cartolina (é bom que as letras sejam grandes; verifique também se todos são capazes de ler). Primeiro distribua as folhas para cada um na ordem em que estão sentados. Assim, a música obedecerá uma sequência mais fácil. A música é então cantada, cada um na sua vez. Se o resultado for bom ou seja, se todos conseguirem cantar na sequência certa, recolha as folhas e distribua novamente, porém aleatoriamente e cante novamente a música cada um na sua vez, seguindo a sequência da música, mas não na ordem dos idosos.
Se os idosos não forem capaz de ler, (ou mesmo para os que leem), pode-se fazer a atividade apontando ou tocando no ombro do idoso que irá cantar a sequência (verifique se todos conhecem a letra da música ).
Atividade 4 - Passando a bola
Com uma bola ou uma bexiga, escolha uma música conhecida gravada em CD. Com os idosos sentados, passe a bola ou bexiga de mão em mão enquanto todos cantam. Dê pausa na música e o idoso que ficou com a bola deve continuar a música. Continuar até a música acabar.
É isso amigos. Lembrem-se que são apenas sugestões e podem ser alteradas e adaptadas conforme o grupo e objetivos do musicoterapeuta.
Referências:
Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina. Cuidando do Cuidador: Guia Prático para cuidadores informais. São Paulo, 2011.
YOKOYAMA Cláudia E., CARVALHO, Renata S., VIZZOTTO, Marília M. Qualidade de vida na velhice segundo a percepção de idosos frequentadores de um centro de referência. inFormação ano 10, nº 10, jan./dez. 2006.Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina. Cuidando do Cuidador: Guia Prático para cuidadores informais. São Paulo, 2011.